convido a ouvir

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Nós e a felicidade


Nós e a felicidade

Parei na frase "nós somos o sítio que nos faz falta"
Parei no tempo em que estou e que podia não estar
Questionei os meus pontos e traços de união aos outros
e as reticências e os hiatos em algumas das conexões  
Abano a cabeça e sorrio a um encolher de ombros
Porque acredito que a felicidade é algodão doce
Tão gostosamente leve mas que sabemos perecível
Deixando marcas rosadas na boca e nos dedos
o cheiro único e aquela vontade imensa de mais querer
Mesmo sabendo que não é coisa que se coma todos os dias
Porque cansa
Ou não há vendedores de algodão doce quando nós queremos

mariam 2013/02/06

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Voltar ao campo





















Voltar ao campo

Suave é o vento rasando as espigas maduras
Renova-se a terra  em ciclos prenhes de vida
Volto sempre ao manso aconchego dos campos
Quando as ondas estão revoltas na minha urbe

É que o pão não nasce nos gabinetes 
nem resulta de iluminados discursos

mariam 2013/01/17

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013!

 Que os seus XII capítulos sejam bem melhores que estes últimos... 

domingo, 23 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

Amores


Ténue é a a linha que separa o amor amante do outro
Resume-se no desejo do agrado e na sede da recompensa 
Em Eros ou em Fileo é similar a demanda pela reciprocidade   
Reside na diversidade humana o peso e a medida dessa linha

mariam 2012/10/09

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desencantos

Desencantos

Deixaram-se embalar no canto promissor dos seus olhos
 por dias ou anos de aparente pousio em águas tão revoltas


Semearam rios de promessas a desaguar em desencantos


Não foram enganos, somente se deixaram embalar


São assim as flores dos inseguros
Entreabertas oscilam na maré dos ventos  
Não ousam a explosão    


mariam 2012/12/04


domingo, 11 de novembro de 2012

Lança mão à madrugada




Sonhas
agarrar a lua

Quando te falta
o chão 

Sentes-te
um não-lugar 

Se o esforço de hoje
foi em vão

Amanhã lança mão 
à madrugada

Haverá
outro luar 


mariam 2012/11/11

sábado, 20 de outubro de 2012

Chão de luta, pão e arte



Ano de dois mil e doze
Ano do desnorte
Em tom monótono tudo nos tiram
Dizemos não e não
Não nos matarão a esperança
Nem o grito de sermos gente
Tal como a semente
que da terra se fez flor
e até morrer será poema
Somos muitos e seremos mais
Onde a liberdade seja verdade
Neste chão de luta, pão e arte


mariam 2012/10/20




sábado, 13 de outubro de 2012

Memórias outonais

Ainda ecoam em mim os teus desejos 
Os que ficaram lá por detrás da realidade
Os que não tiveram coragem de emergir
Cálidas e ousadas memórias outonais

Quando o sabor a mosto e as cores ocre
me enchem os sentidos de suave torpor

Podia morrer assim, como as folhas 


mariam 2012/10/13

Frutos de Outono

As minhas ainda jovens árvores presentearam-me com estes frutos de Outono
(A abóbora foi presente de uma amiga)
É a natureza que não me desilude.

mariam 2012/10/12